sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Darth Vader

Personagem: Darth Vader

História: Darth Vader é um personagem criado por George Lucas a partir da saga fílmica Star Wars, tendo sido o primeiro filme lançado em 1977.
A história do personagem remonta a Anakin Skywalker, um jovem com grande talento tanto para pilotar aviões, quanto para engenharia e domínio de armas e lutas. Isso sendo, os Jedi (ordem de guardiões que protegem o lado da luz da força) se interessam pelo menino, então órfão, pois ele seria o escolhido da profecia, ou seja, Anakin traria equilíbrio à Força.
Anaquin passa a ter como mestre Jedi Obi-Wan Kenobi que o treinará. No entanto, o jovem é ambicioso e ansioso. E não entende a demora para se transformar em mestre Jedi. Além disso, Anaquin tem uma relação amorosa com Padmé, então senadora da república. Ocorre que ela fica grávida e em um momento de grande perturbação Anaquin revela ter pesadelos terríveis onde Padmé morreria durante o parto. Disposto a evitar a morte de sua amada, Anaquin passa para o lado negro da Força se unindo aos Sith, inimigos dos Jedi.
Não demora e Anaquin, agora já atendendo por Darth Vader trava um combate decisivo contra seu antigo mestre Jedi Obi-Wan Kenobi que lhe decepa as pernas e um braço, abandonando-o em seguida até ser engolido por um rio de lava. Darth Vader tem seu corpo queimado, mas é salvo pelo Imperador Palpatine que lhe oferece um suporte de vida robótico em uma unidade médica.
Eis aí o surgimento do personagem como ficou mundialmente conhecido dentro de sua armadura negra, com sua respiração grave e seu ódio visceral já que Palpatine mente dizendo o próprio Vader em um acesso de raiva matara Padmé.

Características: Determinado, ambicioso, vingativo e impiedoso.

Sugestão de tema filosófico: Hegel e a dialética; Nietzsche e o além do bem e do mal. 

Provocações:
Darth Vader é o resultado de opostos que se aniquilam e geram algo novo?
É possível pensar o personagem como representando o bem ou o mal?
O processo que leva Anaquin Skywalker a se tornar Darth vader é algo possível por envolver sentimentos humanos?

Sugestão de material:
GIACOIA, Oswaldo.Nietzsche. São Paulo. Ed. Publifolha, 2009.
NIETZSCHE, F. Além do Bem e do Mal. Tradução: Lilian Salles Kump. São Paulo. Ed. Centauro. 2006.
STRATHERN, P. Hegel em 90 minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 1998.
INWOOD, M. Dicionário Hegel. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 1997.
HEGEL, F. A Fenomenologia do Espírito. Tradução: Paulo Meneses. Petrópolis. Ed. Vozes, 1996.

Audiovisual:
Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma. Dir. George Lucas, 1999.
Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones. Dir. George Lucas, 2002.
Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith. Dir. George Lucas, 2005.
Star Wars (filme). Dir. George Lucas, 1977.
Guerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca. Dir. Irvin Kershner, 1980.
Guerra nas Estrelas: O Retorno de Jedi. Dir. Richard Marquand. 1983.
Star Wars: O Despertar da Força. Dir J. J. Abrams. 2015.

Blogs e sites:
https://starwarsblogbrasil.wordpress.com/


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dmitri Fiodorovitch Karamázov

Personagem: Dmitri Fiodorovitch Karamázov

História: Personagem criado a partir do romance Os Irmãos Karamazov, escrito por Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski em 1879. Dmitri Karamazov é o primogênito  de uma família de três irmãos, ambos filhos do mesmo pai, Fiódor Pavlovitch Karamázov. No entanto, Dmitri é o único filho do primeiro casamento.
A história é contada por alguém que a teria acompanhado de perto. Motivo que explica a narração de detalhes mínimos e preciosos para o entendimento da trama e suas tragédias.
Fiódor, é um sujeito que ganha novas condições sociais depois de seus casamentos. E o narrador o mostra como alguém obscuro e ordinário. Ocorre que a certa altura da trama um desentendimento, cada vez mais sinistro, opõe pai e filho. Razão pela qual ambos se declaram em guerra e se enfrentam de forma cada vez mais feroz até que Dmitri assassina o próprio pai com um golpe na cabeça. Em meio a essa briga está também uma disputa por Gruchénka, mulher que figura entre os desejos de ambos, embora Dmitri esteja noivo de outra mulher,  Caterina Ivánovna.
O amor por uma mulher, a morte do pai de forma cruel, o remorso, o julgamento e a condenação são situações e sentimentos narradas ao leitor de forma problematizada.

Características: Impulsivo, escandaloso e desajeitado.

Sugestão de tema filosófico: Nietzsche e o conceito de ressentimento; Freud e o complexo de Édipo; Immanuel Kant e a consciência moral.

Provocações:
Que relações podem ser feitas entre Dmitri e o complexo de Édipo anunciado por Freud?
O ressentido quer fazer o impossível: mudar o passado. Reflita sobre essa ideia de Nietzsche à luz dos acontecimentos ocorridos entre Dmitri e Fiódor.
"Se não existe Deus, tudo é permitido?" Reflita sobre esse pensamento de Ivan Fiodorovitch Karamazov.

Sugestão de material:
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. P. Quintela. Lisboa: Edições 70, 2000, Seção I.
KANT, I. Crítica da Razão Prática. Trad. V. Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GIACOIA, O. Nietzsche X Kant: uma disputa permanente a respeito de liberdade, autonomia e dever. Rio de janeiro. Ed. Casa da Palavra, 2012.
NIETZSCHE, F. Genealogia da Moral. Trad. Paulo César Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
MARTON, S. Nietzsche: Das Forças Cósmicas aos Valores Humanos. São Paulo: Brasiliense, 1990.
MEZAN, R. Freud: A Trama dos Conceitos. São Paulo. Ed. Perspectiva, 2001.

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=nTLn61d-H-k

Blogs sites:
http://afilosofiavaiaocinema.blogspot.com.br/2015/03/descobertas-do-bau-consciencia-moral.html

Aquiles

Personagem: Aquiles

História: Aquiles foi um guerreiro grego apresentado pelo poema lírico A Ilíada cuja autoria é atribuída a Homero. Filho de Tétis e  Peleu, Aquiles era um poderoso guerreiro, o maior deles, mas suas qualidade também o diziam como o mais belo dentre todos os heróis.
A Ilíada tem como objetivo descrever acontecimentos sobre a guerra de Troia. Ora, um combate que opôs gregos e troianos e que pode ter como motivo tanto o amor de Helena, a mais bela de todas as mulheres, quanto a ganância de Agamenon cujo objetivo é dominar todo o mar Egeu.
Helena, casada com Menelau, que por sua vez era irmão de Agamenon, foge para Troia nos braços do jovem príncipe Páris, segundo filho do rei Príamo. Tendo a fuga de Helena para Troia como pano de fundo, Agamenon reúne enorme exército e parte para guerra contra os troianos. No entanto, a vitória não será atingida sem o apoio de Aquiles e dos Mirmidões (ferozes guerreiros).
Aquiles luta bravamente, mas não se submete às ordens de Agamenon. Além disso, apaixona-se por Briseis, uma sacerdotisa troiana e enfrenta toda uma guerra pelo desejo de que seu nome atravesse os séculos. Aquiles deseja ser lembrado como o maior de todos os heróis e para isso deve lutar na maior de todas as guerra: a guerra de Troia.

Características: Corajoso, vaidoso, forte e guerreiro.

Sugestão de tema filosófico: Aristóteles e a ética; Michel de Montaigne o ceticismo e a ética.

Provocações:
A felicidade de Aquiles está em ser reconhecido através dos tempos. É possível relacionar essa afirmação a ideia aristotélica de eudaimonia?
Aquiles age segundo uma ética. Reflita sobre isso.
É correto afirmar que, de acordo com o pensamento de Montaigne, a postura de Aquiles não é absolutamente certa ou errada porque depende de uma relação com alguma ética?

Sugestão de material:
MONTAIGNE, M. Ensaios. Trad. Sergio Milliet. vols. 1 e 2, Coleção Os Pensadores, Ed. Abril Cultural, 1972.
BURKE, P. Montaigne. Trad. Jaimir Conte. Edições Loyola. São Paulo, 2006.
EVA, L.A.A. A Vaidade de Montaigne. Discurso editorial: São Paulo, 2003.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. António Caeiro. Lisboa. Ed. Quetzal, 2004.
MARCONDES, D. Textos Básicos de Filosofia: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro. Jorge Zahar ed. 2015.


Audiovisual:
http://www.filmesonlinenopcgratis.net/filme-online-troia-dublado-gratis/

blogs e sites:
http://iliadaemportugues.blogspot.com.br/
https://psicanaliseblog.com.br/tag/iliada/

Conde Drácula

Personagem: Conde Drácula

História: Romance escrito pelo irlandês Bran Stoker em 1897 e, a partir do qual, surge o Conde Drácula. O personagem é um vampiro e, como é característico de tal espécie fictícia, tem hábitos noturnos, necessita de sangue para sua sobrevivência e repugna totalmente o alho e os crucifixos.
A história de Stoker é contada através de cartas. Nelas episódios são narrados tendo como mistério central as atividades de uma criatura que amedronta as pessoas pondo-as em alerta frente a suas investidas que raramente são flagradas.
Inicialmente o Conde Drácula vive na Transilvânia onde é visitado, no início da história, por um advogado inglês, Jonathan Harker que está a serviço de um cliente envolvido com o Conde Drácula em uma transação imobiliária. Não demora e o advogado descobre que está hospedado no castelo de um vampiro. Ocorre que Harker fica preso no Castelo e Drácula parte em direção à Inglaterra em um navio no qual também seguem 50 caixas de terra da Transilvânia. Para sobreviver a longa viagem, o vampiro se alimenta do sangue da tripulação, poupando apenas o capitão, que narra a história e a fuga do que ele descreve como "um grande cachorro".
A partir daí Drácula compra várias propriedades pelas quais espalha seus caixões. Passa então a ser conhecido como Conde de Ville. Mas busca sempre pessoas das quais possa se alimentar com sangue fresco.
Em sua estada na Inglaterra, o Conde faz inimigos como  Abraham Van Helsing e posteriormente sua noiva Mina Murray, os quais partem em uma caçada ao vampiro que só terminará próximo ao seu castelo na Transilvânia.

Características: Egocêntrico, individualista, inteligente, educado, forte e sentimental.

Sugestão de tema filosófico: Soren Kierkegaard e o sentido de uma existência singular; Agostinho de Hipona e o problema do mal.

Provocações:
É a solidão do Conde Drácula o que lhe confere sentido à existência.
O Conde Drácula representa a existência do mal? Que relação pode-se fazer entre isso e o problema do mal em Agostinho de Hipona?
O Conde Drácula vive isolado, mas sua sobrevivência depende de outras pessoas. Isso significa um problema, porque contraditório?

Sugestão de material:
KIERKEGAARD, Søren. O conceito de Ironia. Trad. Álvaro Valls. Petrópolis. Ed. Vozes, 1991.
AGOSTINHO, S. Confissões. Trad. Petrólolis. Ed. Vozes
AGOSTINHO, S. Coleção: Os Pensadores: Santo Agostinho. Trad. J. Oliveira Santos s. j. e A. Ambrósio de Pina s. j. - Angelo Ricci. São Paulo. Ed. Abril Cultural. 1973.
STRATHERN, P. Santo Agostinho em 90 minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed, 1999.
GARDINER, P. Kierkegaard. São Paulo. Ed. Loyola, 2001.
BOEHNER, P. e E. Gilson. História da Filosofia Cristã. Petrópolis. Ed. Vozes, 1982. 

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=DQWpF-b0if0
https://www.youtube.com/watch?v=qpq-29szMF0

Blogs e sites:
http://www.vampir.com.br/
http://vampiros-reais.blogspot.com.br/

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Wolverine

Personagem: Wolverine

História: Personagem criado por Len Wein e John Romita em 1974. Seu nome é James Howlett, mas ele é conhecido como Logan. Wolverine é um mutante com grandes capacidades físicas e incrível poder regenerativo o que lhe proporciona um envelhecimento lento. Em seu esqueleto há uma substância chamada admantium tornando-o assim praticamente inquebrável.
O personagem tem uma biografia coberta por mistérios. Logan teria participado como cobaia de uma experiência do governo, denominada Programa Arma X. Talvez por isso, tenha trabalhado para a C.I.A. e para o Serviço Secreto do Canadá. Entretanto, o personagem acaba sendo preso pelas autoridades que resolvem explorá-lo através de experiências laboratoriais.
Mas, em razão das fortes características físicas que detém, Wolverine sobrevive aos anos de reclusão e aos duros experimentos. Ao fugir se junta ao Professor X e aos X-Men. A partir de então luta por uma união pacífica entre humanos e mutantes. Se opondo contra seus inimigos, mas também contra aqueles que pretendem dificultar essa aliança.

Características: Sentidos aguçados, busca conter sua fúria, impulsivo.

Sugestão de tema filosófico: Descartes e a negação dos sentidos; Henri Bergson e o conceito de memória.

Provocações:
Wolverine é um personagem que erra por ser impulsivo?
Ter sentidos aguçados é uma qualidade inferior se comparada à razão?
Wolverine tem uma relação peculiar com o passar do tempo em razão de seu poder regenerativo. Isso significa um determinismo para sua existência?

Sugestão de material:
DESCARTES, R. Coleção Os Pensadores. Trad. J. Guinsberg. São Paulo. Ed. Abril Cultural. 1984.
COTTINGHAM, John. Dicionário Descartes. Trad. Ethel Rocha Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 1995.
LANDIM, Raul. Evidência e Verdade no Sistema Cartesiano. São Paulo. Ed. Loyola, 1991.
BERGSON, Henri. Coleção Os Pensadores. Trad. Rubens R. Torres Filho. São Paulo. Ed. Abril Cultural, 1984.
Tourinho, C. D. C. “Memória, Duração e Consciência no pensamento de Henri Bergson”. In: Tourinho, C. D. C. & D’Angelo, M. Margens do Contemporâneo. Rio de Janeiro: Booklink/ EDUFF, 2008.

Audiovisual:
X-Men Origens: Wolverine. Dir. Gavin Hood, 2009.
Wolverine: Imortal. Dir. James Mangold, 2013.

Blogs e sites:
http://www.marvel616.com/2009/05/wolverine-em-dark-reign.html


Fabiano

Personagem: Fabiano

História: Personagem criado por Graciliano Ramos para o Romance Vidas Secas publicado em 1938. Fabiano vive no sertão com a mulher, dois filhos e uma cachorra. Em meio a seca agreste encontram uma casa abandonada e se instalam. Com resistência se mantêm ali até que chega a chuva e o dono da propriedade.
Mas, para ficar no lugar Fabiano se oferece para trabalhar como vaqueiro. Recebe o emprego, trabalha duro e vê todo seu dinheiro ser deixado no armazém que pertence ao dono das terras.
A saída é comprar o mínimo que necessita no vilarejo mais próximo. Mas lá Fabiano se envolve em uma briga com o Soldado Amarelo. É preso e humilhado, além de perder seu dinheiro. Em outra ocasião a família volta ao lugarejo para uma festa, mas não se sente à vontade. As roupas, os sapatos, o ambiente, tudo os incomoda.
Não demora a seca se aproxima mais uma vez. Nesse momento, novamente a família se prepara para fugir pelo sertão em busca de outro lugar onde consigam sobreviver. Pela madrugada os quatro fogem. Fogem da seca, da miséria e da exploração do patrão.

Características: subserviente, explorado, calado e bruto.

Sugestão de tema filosófico: Thomas Hobbes  e a necessidade da autoridade central; J.J Rousseau e a educação.

Provocações:
Sem uma autoridade central a vida das pessoas em sociedade seria um caos?
Fabiano é subserviente perante o patrão. Isso o impede de pensar livremente?
É correto pensar que a propriedade privada é a origem da desigualdade entre os homens? 
Se Fabiano tivesse um pedaço de terra e estrutura para cultivá-la teria uma vida melhor?

Sugestão de material:
ROUSSEAU, J.J. O Contrato Social. Trad. Antônio de Pádua Danesi. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 1989.
LEOPOLDI, José. Rousseau – estado de natureza, “o bom-selvagem” e as sociedades indígenas.
publique.rdc.puc-rio.br/revistaalceu/media/alceu_n4_Leopoldi.pdf –
ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens. Trad. Maria Lacerda de Moura. Ed. Ridendo Castigat Mores. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/desigualdade.pdf. Acesso: 20-10-2016.
DENT, N.J.H. Dicionário Rousseau. Trd. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 1996.
Thomas Hobbes,
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um estado Eclesiástico e Civil. Tradução de João Paulo Morais e Maria Beatriz Nizza da Silva, 2.ª Ed., Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
LOPES, J. G. Thomas Hobbes: A necessidade da criação do Estado. Disponível em:http://www2.ufrb.edu.br/griot/images/vol6-n2/12 THOMAS_HOBBES_A_NECESSIDADE_DA_CRIACAO_DO_ESTADO-Jecson_Girao_Lopes.pdf. Acesso em: 20-10-2016.


Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=eSJe5Om17m4

Blog e sites:
http://vidasecasgr.blogspot.com.br/
http://valiteratura.blogspot.com.br/2010/07/vidas-secas-graciliano-ramos.html


A cigarra e a Formiga

Personagens: Cigarra e Formiga

História: A Cigarra e a Formiga são personagens criados para uma fábula atribuída à Esopo (grego, cerca de 500 a.C.) e recontada por escritores como La Fontaine (Francês, 1621 - 1695) e o brasileiro Monteiro Lobato (1882 - 1948).
Segundo a história, durante o verão, quando o clima era ameno e o alimento abundante, a cigarra passava os dias cantando sob a sombra de uma árvore. Enquanto isso as formigas trabalhavam insistentemente. E o faziam com o intuito de guardar o maior número possível de provisões para o inverno. Ou seja, enquanto a cigarra aproveitava a estação as formigas trabalhavam.
Com o tempo surge o inverno que, dia após dia, se mostra cada vez mais rigoroso. No entanto, para as formigas, não há problema. Pois dentro de sua toca estão abrigadas do vento frio além de disporem de farta comida cuidadosamente juntada durante o verão. Não demora e a cigarra se vê desamparada e faminta. Sem abrigo morrerá de frio; não há comida disponível e sua única alternativa é pedir ajuda as formigas.
Nesse instante, as formigas reclamam que a cigarra ficou à toa, cantando. Não trabalhou e que por isso agora não tem comida nem abrigo. Parece que as formigas fecharão a porta para a cigarra, porém elas sentem pena e recebem a cantora na toca, mas não sem antes lhe aplicar uma lição de moral: o valor do esforço do trabalho.

Características: Formiga: séria e precavida: Cigarra: artista e distraída.

Sugestão de tema filosófico: Platão e a obra de arte; Nietzsche e o valor dos valores morais; Trabalho e alienação segundo Erich Fromm.

Provocações:
A cigarra é um personagem preguiçoso?
Quem determina e legitima o que é um trabalho digno?
A atividade artística é um trabalho menos valorizado?
O que seria um trabalhador alienado?

Sugestão de material:
PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 2. ed. Lisboa: Caloustre Gulbenkian, 1993.
PAVIANI, Jaime. Platão e a República. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2003.
NIETZSCHE, F. A Genealogia da Moral. Tradução: Antônio Carlos Braga. São Paulo. Ed. Escala, 2007.
NIETZSCHE, F. Além do Bem e do Mal. Tradução: Lilian Salles Kump. São Paulo. Ed. Centauro. 2006.
GIACOIA, Oswaldo. Labirintos da Alma: Nietzsche e a Supressão da Moral. São Paulo. Ed. Unicamp, 1997.
FROMM, Erich. Conceito Marxista do Homem. Trad. Octávio Alves. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 6ª edição, 1975.
Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=E2ZzTXIrUzc

Blogs e sites:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_871_prof.rafaelfortes@hotmail.com.pdf

Fraulein

Personagem: Fraulein

História: Personagem criada por Mário de Andrade no livro Amar, verbo intransitivo publicado em 1927. Na narrativa Fraulein é uma professora alemã - assim supõe o leitor inicialmente - que é contratada para trabalhar na casa da família Sousa. 
É importante notar que a personagem se chama Elza, porém adquire o nome de Fraulein após ser contratada por Sousa Costa para dar aulas de alemão a seu filho. Ao longo da narrativa o leitor descobre que, na verdade, a função de Fraulein dentro da casa dos Sousa é ensinar Carlos que, embora seja o filho mais velho, é ainda inexperiente nos assuntos amorosos, sobre as artimanhas do amor.
Entretanto, Carlos demora para demonstrar interesse por Freulein. O que ela estranha, já que em outras experiências os meninos se demonstravam interessados com mais rapidez. No entanto, a beleza e os gestos da professora vão, aos poucos, envolvendo o rapaz. Assim ele se interessa por ela. Quer mais aulas, fica mais em casa. Todavia, exatamente quando isso acontece ela encontra formas de se aproximar menos e quando o faz é preferencialmente junto de outras pessoas. Ora o objetivo era despertá-lo para o amor. E isso ela vê que está acontecendo.
Em meio a essa situação D. Laura, mãe de Carlos, percebe os desejos do filho e pede a Fraulein que vá embora. Essa última vai inquirir o Sr. Sousa Costa sobre essa questão, e por essa altura da trama descobre-se que ele não havia contado à esposa a verdadeira intenção com a contratação da professora.
Não demora e Fraulein e Carlos tem sua primeira relação amorosa. O que se repete outras vezes até que seus pais os flagram. Eis que a partir de então o menino se assusta com a possibilidade de uma gravidez. Pensam em casamento, e o susto cresce ainda mais. Mas, por fim, Fraulein vai embora. Porém, antes de partir, beija Carlos na testa, num gesto afetuoso perante um menino que agora já é homem.

Características: Educada, discreta, bonita, sedutora.

Sugestão de tema filosófico: Epicuro e a ideia de prazer; Michel Foucault e a sexualidade; Platão e a ideia de virtude

Provocações:
O trabalho de Fraulein é imoral de acordo com a perspectiva que se adota?
Para a sociedade brasileira em 1927, quando o livro foi publicado, Fraulein era uma personagem escandalosa. Hoje ainda o seria? Que relação isso teria com a ideia de 'história da sexualidade' segundo o pensamento de M. Foucault?
O sr. Sousa Costa ao contratar Fraulein está pensando no prazer de seu filho Carlos?

Sugestão de material:
FOUCAULT, Michel. O Uso dos Prazeres. Trad. de Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro. Edições Graal, 1984.
PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglésias. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2003.
STRATHERN, Paul. Platão em 90 minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar ed. 1997.
EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: UNESP, 1997.
ULLMANN, Reinholdo A. Epicuro o filósofo da alegria. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=HoVFvZIM1-0

Blogs e sites:
http://mario-de-andrade.blogspot.com.br/

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Homem-aranha

Personagem: Homem-aranha

História: Personagem criado por Stan Lee e Steve Ditko em 1962 e que, desde então, passou por mudanças quanto a sua história ficcional, sendo a mais difundida atualmente a que o revela como um menino órfão criado por um casal de tios, Benjamin e May Parker. O garoto adotado que se chamava Peter Benjamin Parker era inteligente, porém tímido e desajeitado, além de levar uma vida solitária e sem relacionamentos amorosos. Consta que durante uma experiência científica com equipamentos o jovem Parker fora picado por uma aranha que ficara exposta à radiação. Esse acidente o dotara de um super poder. A partir de então começam os primeiros pensamentos sobre o que fazer com esse poder.
Até que uma experiência mexe com Parker de uma vez por todas: Ele percebe um ladrão em fuga, mas não se esforça para agarrá-lo. Ocorre que em seguida esse mesmo sujeito mata Benjamin Parker, o tio que o criou. A partir de então o personagem se vê como alguém que tem grandes obrigações perante a humanidade, neste caso, combatendo o crime na cidade de Nova York. Afinal, crê que seus super poderes deveriam servir para ajudar as pessoas; essa seria sua função.

Características: Solidário, benfeitor e justo.

Sugestão de tema filosófico: Immanuel Kant e o imperativo categórico; Theodor Adorno e Max Horkheimer e a indústria cultural.

Provocações:
O Homem-aranha faz o bem de maneira desinteressada? Ou seja, não pensa em nenhum benefício próprio?
O homem-aranha faz o bem porque segue o que Kant chamou de imperativo categórico?
Quais são as consequência da indústria cultural ter se apropriado de um personagem como o homem-aranha?

Sugestão de material:
CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2000.
GIACOIA, Oswaldo. Nietzsche X Kant: uma disputa permanente a respeito de liberdade, autonomia e dever. Rio de janeiro. Ed. Casa da Palavra, 2012.
STRATHERN, Paul. Kant em 90 minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 1998.
 "A filosofia muda o mundo ao manter-se como teoria." Entrevista de Theodor Adorno à revista Der Spiegel, realizada no ano de sua morte, com um pequeno discurso anexo. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n°. 60; São Paulo, 2003. ISSN 0102-6445
Adorno, Theodor e Horkheimer, Max. A indústria cultural – o iluminismo como mistificação das massas. In: Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002;

Audiovisual:
Homem-Aranha. Dir. Sam Raimi, 2002.
Homem-Aranha. Dir. Sam Raimi, 2004.
Homem-Aranha. Dir. Sam Raimi, 2007.
O espetacular Homem-Aranha. Dir. Marc Webb, 2012.

Blogs e sites:
http://enscultural.blogspot.com.br/2009/12/conceito-de-industria-cultural.html
https://blogdaboitempo.com.br/tag/industria-cultural/

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Victor Frankenstein

Personagem: Victor Frankenstein

História: Personagem criado por Mary Shelley no livro Frankenstein publicado primeiramente em 1818. Classificado como romance de terror gótico, o livro narra as experiências científicas de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que cria em seu laboratório uma 'criatura' ou 'monstro'.
Victor Frankenstein, após a morte de sua mãe, questiona o poder de Deus. E crê que a vida pode ser criada em um laboratório por um ser humano. Disposto a provar suas ideias investe todo seu tempo em montar o corpo de um ser humano gigantesco buscando dar-lhe vida. Em uma noite de tempestade ele consegue finalizar seu trabalho, mas quando acordou, após uma explosão em seu laboratório, constatou que o mostro havia ido embora.
Com o tempo uma série de tragédias acontecem e Victor as atribuem a sua criatura. Por isso vai atrás do monstro a fim de destruí-lo, porém encontra um ser articulado, capaz de manipular pessoas e produzir medonhas armadilhas e fica assim encurralado, pois o monstro o ameaça prometendo continuar gerando o horror caso Victor não lhe crie uma companheira.
A promessa é feita e o monstro fica a espera. Mas Victor desiste da ideia. Pois seguido de uma companheira a criatura poderia gerar uma raça monstruosa que ameaçaria a humanidade. Impulsionado por esse pensamento Victor parte em busca da criatura para matá-la. Em meio a tal perseguição ele é encontrado por Robert Walton no pólo norte. E é justamente esse último quem conta a história através das cartas que escreve para sua irmã.

Características: persistente, crente no poder da ciência e da razão.

Sugestão de tema filosófico: Thomas Kuhn e as revoluções científicas; Tomás de Aquino e as cinco vias da prova da existência de Deus.

Provocações:
A ciência deve ser uma atividade submetida à ética?
Quem deve determinar, caso sejam necessários, os limites da ciência?
Victor Frankenstein é ateu? A perda de um ente querido justifica o ateísmo?
É possível conciliar a crença em Deus e a argumentação racional para defender sua existência?


Sugestão de material:
JAPIASSÚ, Hilton. As Paixões da Ciência. Rio de Janeiro. Ed. Letras Letras. 1991.
OLIVA, Alberto. Filosofia da Ciência. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2003.
KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. Trad. Nelson Boeira. Rio de Janeiro. Ed. Perspectiva, 2010.
SÃO TOMÁS de AQUINO. Coleção Os Pensadores. São Paulo. Ed. Abril Cultural. 1984.
STRATHERN, Paul. São Tomás de Aquino em 90 Minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 1999.


Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=--lRsUWnTsM
http://cinemalivre.net/filme_frankenstein_1931.php

Blogs e sites:
https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://frankensteinia.blogspot.com/&prev=search

Mafalda

Personagem: Mafalda

História: Personagem criada por Quino (Joaquín Salvador Lavado Tejón) em 1963. Mafalda é a filha de uma família de classe média argentina. Sua mãe cuida da casa, seu pai sai todas as manhãs para o escritório e seu irmão mais novo explora o apartamento ainda engatinhando.
Mafalda se depara, constantemente, com o conflito no mundo em que vive. Daí seus questionamentos perturbadores, sua posição  sincera e direta diante do mundo e dos adultos. Vale lembrar que a personagem também se dirige do mesmo jeito inquiridor aos seus amigos, à professora, ao guarda, ao médico, à televisão, à política e às questões do mundo que a rodeia.
De acordo com o próprio Quino:"A criança aprende uma porção de coisas que não se deve fazer porque são más e são prejudiciais. Acontece que quando abre os jornais, ela descobre que os adultos perpetram todas essas coisas proibidas através de massacres e guerras..." Mafalda, portanto, é uma questionadora de contradições. Mas não somente as que perpassam a sociedade argentina, e sim as que circundam todo o mundo.
Mafalda tem um grupo de amigos. Mas mesmo quando sozinha, cria perguntas e questões que deixam o leitor mergulhado em reflexões.

Características: Questionadora, esperta e alegre.

Sugestão de tema filosófico: Platão e a ideia de filosofia iniciada com o espanto e a admiração.

Provocações:
Se a atitude filosófica começa com o espanto e a admiração, como sugere Platão, Mafalda é um personagem filosófico?
Com o que Mafalda se espanta e se admira, respectivamente?
Mafalda é uma criança questionadora, mas seus pais não são assim. Que relação pode haver entre o ato de questionar e a criança e o adulto?

Sugestão de material:
PLATÃO. Teeteto - Crátilo. In: Diálogos de Platão. Tradução do grego por Carlos Alberto Nunes. 3a. ed., Belém: Universidade Federal do Pará, 2001.
STRATHERN, Paul. Platão em 90 minutos. Rio de Janeiro. Jorge Zahar ed. 1997.
QUINO. 10 anos com Mafalda. Trad. Monica Stahel. Ed. Martins Fontes. 2010.

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=YO4vNd4iq6A

Blogs e sites:
http://clubedamafalda.blogspot.com.br/






Bentinho



Personagem: Bentinho

História: Bento Santiago, o Bentinho, é um personagem criado pelo escritor brasileiro Machado de Assis em 1899, a partir do romance Dom Casmurro. Toda a narrativa se dá em razão de Bentinho, já um homem de idade avançada, resolver contar sua vida. É, portanto, escrevendo sua biografia em estreita relação com o leitor, que ele diz como e porque terminara a vida daquela forma: sem parentes, desconfiado da mulher e do filho, ambos mortos, e angustiado perante a tudo que teve e perdera.
Enquanto menino Bentinho está sempre com Capitu, filha de vizinhos mais humildes. O menino vive com a mãe e outros parentes e agregados. Possuem bens e escravos e vivem de forma confortável. Com a idade as brincadeiras com Capitu se transformam em amor. Porém há um entrave: a promessa da mãe, segundo a qual ele deveria ser padre. Bentinho vai ao seminário, mas não se transforma em padre. Acaba como advogado e se casa, enfim, com Capitu. Enquanto seu grande amigo de seminário (Escobar), se casa com Sancha, amiga de Capitu.
Estaria tudo certo, mas não está. Bentinho sente ciúmes de Capitu e Escobar. Crê que entre eles há uma relação amorosa, escondida pela mulher de "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Para piorar a situação, Bentinho vê em seu filho Ezequiel o renascimento de Escobar, que morrera afogado. Enfurecido e enlouquecido o personagem chega ao ponto de tentar envenenar o menino. E como não consegue, afirma a criança: você não é meu filho.
Capitu, que presencia a cena, resolve pela separação e vai para Europa com Ezequiel, onde fica até a morte. O menino, já homem, retorna. Mas o pai não gosta. Ezequiel que adora a arqueologia, pede ao pai que lhe pague uma viagem ao Egito onde morre de febre tifoide.
Bentinho prefere assim: os dois mortos e longe. E passa ao leitor, como a um amigo a quem confessa suas mágoas, a ideia de que foi traído por Capitu e Escobar.

Características: intelectual e culto, persuasor, ciumento.

Sugestão de tema filosófico: Aristóteles e a ideia de verdade; O Estoicismo; Spinosa e a Ética.

Provocações:
A desconfiança de Bentinho é fruto do ciúme?
Através de quais argumentos se pode defender que o personagem fala a verdade?
Durante a narrativa, Bentinho, que é juiz e parte, incrimina Capitu. Há nessa situação algum problema ético?

Sugestão de material:
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2001.
ERLER, Michael & GRAESER, Andréas. Filósofos da Antiguidade 2: do Helenismo à Antiguidade Tardia. São Leopoldo/RS: Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), 2002.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. In Aristóteles. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
SPINOSA, B. ÉTICA. Trad. Marilena Chauí. Coleção Os Pensadores. São Paulo. Abril Cultural, 1984.

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=I1jZQLJZ8kU

Blogs e Sites:

https://umblogchamadoblog.wordpress.com/tag/dom-casmurro/
http://bllogdolivro.blogspot.com.br/2012/07/dom-casmurro.html

domingo, 16 de outubro de 2016

Batman

Batman

Personagem: Batman

História: Personagem criado por Bill Finger e Bob Kane em 1939 nos E.U.A. Bruce Wayne, enquanto criança presenciou o assassinato dos próprios pais. Tal lembrança o fez crescer jurando vingança contra os criminosos. Para tanto ele mesmo se treina física e intelectualmente além de criar para si o personagem do Batman, inspirado no morcego.
Bruce Wayne é um bilionário americano dono da corporação Wayne Enterprises. Seu campo de atuação é a cidade fictícia de Gotham City, onde conta com a cooperação do mordomo Alfred Pennyworth, do comissário de polícia Gordon e de seu parceiro Robin. Batman atua com o intuito de fazer justiça e é reconhecido como um super-herói que não apresenta superpoderes. É perito em artes marciais, fisicamente robusto e sempre acompanhado de incríveis artefatos tecnológicos como, por exemplo, o bat móvel. 
O personagem possui codinomes como Cavaleiro das Trevas e Homem Morcego. E embora não seja um vilão apresenta perturbações e desejos que o diferenciam de outros super-heróis. Batman é misterioso. Passeia pela noite e se necessário age com violência. Seus inimigos são diversos e a lembrança que guarda sobre a morte dos pais constantemente perturba-lhe o pensamento.
O Batman luta contra o crime; protege os inocentes, mas é nas trevas que ele atua e chama a atenção durante décadas e gerações e fãs.

Características: Forte, inteligente, solitário, adepto do usa da tecnologia.

Sugestão de tema filosófico: Heráclito e a ideia de luta entre os opostos; Nietzsche e a ideia de "Além do bem e do mal".

Provocações:
O Batman age apenas por vingança?
O personagem pode ser classificado como Bom ou Mal? Ou ele está além disso?

Sugestão de material:
NIETZSCHE, F. Além do Bem e do Mal. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo. Ed. Companhia de Bolso. 2005.
SOUZA, José. Coleção os Pensadores. Os Pré-Socráticos. Trad: Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo. Ed. Abril Cultural, 1978.
BURNET, John. O Despertar da Filosofia Grega. São Paulo. Ed. Siciliano. 1994.
GIACOIA, Oswaldo. Nietzsche e Para Além de Bem e Mal.Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2002.
GIACOIA, Oswaldo. Nietzsche. Rio de Janeiro. Ed. Publifolha. 2009.
MARTON, Scarlett. Nietzsche: A Transvaloração dos Valores. 4ª ed. São Paulo. Ed. Moderna, 1993.

Audiovisual:
The Batman. Direção: Lambert Hillyer, 1943.
Batman: o retorno. Direção: Tim Burton e Denise Di Novi, 1992.
Batman e Robin. Direção: Joel Schumacher, 1997.
Batman Begins. Direção: Christopher Nolan, 2005.
Batman: O cavaleiro das trevas. Direção: Christopher Nolan, 2008.

Blogs e sites:
http://batman-brasil.blogspot.com.br/